Considero que a alma tem forma esférica (se
é que tem alguma forma). Uma esfera em que uma luz fraca penetra ligeiramente -
mas só ligeiramente - sob a superfície matizada, onde sensações e actos de
consciência, como bolas de sabão, rodopiam mudando constantemente de cor.
Mais abaixo há apenas um leve vestígio de luz, como no fundo do mar, e depois a escuridão. Escuridão, escuridão.
Mas não é uma escuridão ameaçadora. É uma escuridão maternal.
Lars Gustafsson, in 'A Morte de um Apicultor'
Nenhum comentário:
Postar um comentário