Mas nem sempre é necessário tornar-se forte.
Temos que respeitar a nossa fraqueza.
Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas
correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado,
límpido, produto de nossa dor mais profunda.
Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta às vezes inútil. Respeito muito o homem que chora. Eu já vi homem chorar.
Clarice Lispector, in Crónicas no 'Jornal do Brasil (1967)'
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