É a ignorância profunda que inspira o tom
dogmático. Aquele que nada sabe pensa ensinar aos outros o que acaba de
aprender; aquele que sabe muito mal chega a pensar que o que diz possa ser
ignorado, e fala com maior indiferença. As maiores coisas só precisam de ser
ditas de forma simples; elas estragam-se com a ênfase: é preciso dizer
nobremente as pequenas; elas só se sustentam pela expressão, pelo tom e pela
maneira.
Jean de La Bruyére,
in "Os Caracteres"
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