A história do mundo não é o veredicto da
força, isto é, de um destino cego realizando-se a si mesmo numa inevitabilidade
abstracta e não-racional. Pelo contrário, porque a mente é razão implícita e
explicitamente, e porque a razão é explícita para si mesma, na mente, enquanto
conhecimento, a história do mundo é o desenvolvimento necessário, decorrente da
liberdade da mente, dos momentos da razão e, deste modo, da autoconsciência e
da liberdade da mente.
A história da mente é a sua acção. A mente é apenas o que faz, e a sua acção faz dela o objecto da sua própria consciência. Através da história, a sua acção ganha consciência de si mesma como mente, e apreende-se na sua interpretação de si mesma para si mesma. Esta apreensão é no seu ser e no seu princípio, e a realização desta apreensão numa dada fase é simultaneamente a rejeição dessa fase e a sua elevação a uma fase mais elevada.
Georg Hegel, in 'Filosofia do Direito'
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