O amor, enquanto afeição humana, é o amor
que deseja o bem, possui uma disposição amigável, promove a felicidade dos
demais e alegra-se com ela. Mas é patente que aqueles que possuem uma
inclinação meramente sexual não amam a pessoa por nenhum dos motivos ligados à
verdadeira afeição e não se preocupam com a sua felicidade, mas podem até mesmo
levá-la à maior infelicidade simplesmente visando satisfazer a sua própria
inclinação e apetite. O amor sexual faz da pessoa amada um objecto do apetite;
tão logo foi possuída e o apetite saciado, ela é descartada «tal como um limão
sugado».
Emmanuel Kant, in 'Lições de Ética'
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