Se dizemos do entendimento que ele é o
poder de reconduzir os fenómenos à unidade através das regras, deve-se dizer da
razão que ela é a faculdade de reconduzir à unidade as regras do entendimento
através dos princípios. Portanto ela jamais se relaciona imediatamente nem com
a experiência, nem com um objecto qualquer, mas com o entendimento, a fim de
fornecer a priori e por conceitos aos variados conhecimentos dessa faculdade
uma unidade que se pode chamar racional e que é inteiramente diferente da que o
entendimento pode fornecer.
(...) É o destino comum da razão humana na especulação terminar o seu edifício
assim que possível e só depois examinar se também os fundamentos foram bem
colocados.
Emmanuel Kant, in 'Crítica da Razão Pura'
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