Nunca ouviste falar, por exemplo, da glória
imensa que as vitórias alcançam? E, no entanto, as vitórias não surgem
sozinhas. É preciso que o sangue corra, muito sangue, para serem geradas e
depostas aos pés dos conquistadores. Sem os cadáveres e os membros esparsos que
vês na planície onde se desenrolou sabiamente a carnificina, não haverá guerra,
e sem guerra não haverá vitória. Estão a ver que, quando alguém se quer tornar
célebre, tem que mergulhar graciosamente em rios de sangue, alimentados com
carne para canhão. O fim justifica o meio.
Isidore de Lautréamont, in 'Cantos de Maldoror'
Isidore de Lautréamont, in 'Cantos de Maldoror'
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